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Há anos a característica de diferenciação em vários tipos celulares das células-tronco do sangue do cordão umbilical vem sendo descritas na literatura científica[1]. Além das células tronco progenitoras hematopoiéticas, que dão origem ao sangue e permitem a realização do transplante de medula-óssea com sucesso no mundo inteiro, o sangue de cordão umbilical contém diferentes tipos de células-tronco em menor quantidade que as hematopoiéticas e de recuperação mais difícil após o descongelamento do sangue de cordão. São as células tronco do cordão semelhantes as células embrionárias, células tronco mesenquimais e as denominadas células tronco somáticas irrestritas. Estas duas últimas possuem características multipotentes e podem originar ou reparar diversos tecidos como cartilagem e gordura. Por isso, são inúmeras as publicações científicas destacando as possibilidades de utilização de células-tronco do sangue de cordão umbilical através da chamada medicina regenerativa em doenças cujos tratamentos são pouco ou nada eficazes atualmente. Algumas empresas de Biotecnologia como a coreana Medipost patenteou células tronco mesenquimais do sangue de cordão umbilical expandidas e modificadas para tratamento de doenças e publicaram ensaios clínicos com os seguintes produtos. Pneumostem para tratamento de Displasia Broncopulmonar (7 ensaios clínicos registrados no www.clinicaltrials.gov podendo ser acessados com os seguintes identificadores: , NCT01632475, NCT02023788,NCT02274428, NCT01897987, NCT01828957, NCT02381366 e NCT01297205). Neurostem para tratamento de doenças neurológicas como a doença de Parkinson (www.clinicaltrials.gov NCT01696591 NCT02054208 NCT01297218) e Cartisten utilizado para regeneração de cartilagem de joelhos e osteoartrite (www.clinicaltrials.gov NCT02338375 , NCT01626677, NCT01733186 e NCT01041001).
Vale destacar que células tronco mesenquimais multipotentes são encontradas em maior número na parede do cordão umbilical e são muito utilizadas de forma experimental e em alguns ensaios clínicos por pesquisadores em todo o mundo.
A despeito de todas essas perspectivas, as células-tronco do sangue de cordão umbilical já vem sendo utilizadas com sucesso em tratamentos de mais de 80 tipos de doenças por meio do transplante de medula-óssea.
Abaixo separamos dois grupos de perspectivas de tratamentos: aquelas ainda em campos de pesquisas e aquelas cujos tratamentos já são uma realidade.
As doenças listadas abaixo estão em contexto de pesquisas pré-clínicas, ou seja, quando são usados modelos animais em laboratórios, ou fase clínica, quando em testes em humanos.
Pesquisas Clínicas
Vale destacar ainda que mais de 250 amostras de células-tronco de sangue de cordão umbilical armazenadas junto ao mais antigo banco de sangue de cordão umbilical familiar dos EUA [16] foram descongeladas para infusão em tratamento de doenças sob a forma de ensaios clínicos experimentais para diversos estudos em universidades americanas. Dessas 73% delas foram de contexto autólogo em crianças, ou seja, utilizadas para o tratamento da própria criança da qual foi colhido o sangue do cordão umbilical. Algumas dessas doenças citamos abaixo:
Paralisia Cerebral
Fazemos aqui um destaque especial aos tratamentos experimentais em crianças portadoras de paralisia cerebral. Como pode ser observado acima é significativo o número de casos de paralisia cerebral em que células-tronco do sangue de cordão umbilical estão sendo infundidas. Atualmente dois estudos americanos estão listados e em andamento no clinicaltrials.gov, ambos testando a segurança e eficácia do tratamento, sendo um deles na Duke University e o outro na Medical College of Georgia [17]
Além dos EUA, na Korea do Sul há outro estudo listado no clinicaltrials.gov utilizando células-tronco do sangue de cordão umbilical em paralisia cerebral [18]
Doenças já tratadas atualmente principalmente com transplante alogênico de medula óssea (utilizando células-tronco do sangue de cordão umbilical de doadores sejam eles irmãos ou não aparentados) [19]:
Leucemias | Linfomas | Sindromes de Falencia da Medula Óssea |
Leucemia Linfoblástica Aguda | Linfomas não Hodgkin | Trombocitopenia Amegacariocítica |
Leucemia Mieloblástica Aguda | Linfomas de Hodgkin | Anemia de Diamond-Blackfan |
Leucemia Aguda Bifenotípica | Doença Linfoproliferativa associada ao Virus Epstein-Barr | Disceratose Congênita |
Leucemia Linfocítica Crônica | Doença Linfoproliferativa Autoimune | Anemia de Fanconi |
Leucemia Mieloblástica Aguda | Outros Linfomas | Hemoglobinuria Paroxística Noturna |
Leucemia Mielomonocítica Crônica | Disgenesia Reticular | |
Leucemia mielóide Crônica Juvenil | Hemoglobinopatias | Anemia Aplastica Severa |
Leucemia Mielomonocítica Juvenil | Anemia Falciforme | Síndrome de Shwachman-Diamond |
Leucemia não especificada | Talassemia | Anemia Sideroblastica |
Mielodisplasias | Histiocitoses | Doenças de Neutrófilos |
Síndrome Mielodisplásica | Linfohistiocitose Eritrofagocítica Familiar | Síndrome de Chediak-Higashi |
Mielofibrose | Linfohistiocitose Hemofagocítica | Doença Granulomatosa Crônica |
Sindrome da Histiocitose Hemofagocítica | Neutropenia Congênita | |
Imunodeficiências | Histiocitose-X | Síndrome de Kostmann |
Imunodeficiência Comum Variável | Doença Linfoproliferativa ligada ao cromossomo X | |
Imunodeficiência Congênita | Doenças Autimunes | |
Síndrome de DiGeorge | Desordens Plaquetárias | Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) |
Síndrome de Griscelli | Trombocitopenia Congênita | |
Deficiência de Adesão Leucocitária | Trombastenia de Glanzmann | Porfiria |
Síndrome de Nezelof | Porfiria Congênita Eritropoiética | |
Síndrome de Omenn | Outras Malignidades | |
Imunodeficiência Combinada Severa (SCID) | Multiple Myeloma | Outras doenças |
Síndrome de Wiskott-Aldrich | Neuroblastoma | Epidermólise Bolhosa |
Síndrome de Hiper-IgM | Tumores Germinativos | |
Enteropatia Poliendocrina | ||
Doenças do Metabolismo | ||
Mucopolissacaridose (MPS) não especificada | Amiloidose | Síndrome de Lesch-Nyhan |
Doença de Hurler (MPS tipo IH) | Aspartilglicosaminuria | Leucodistrofia Metacromática |
Doença de Hurler-Scheie (MPS tipo IS) | Doença de Austin (Deficiência de Sulfatase Multipla) | Disease de Neiman-Pick |
Hunter's Syndrome (MPS tipo II) | Fucosidose | Osteopetrose |
Sanfilippo Disease (MPS tipo III) | Gangliosidose | Doença de Sandhoff |
Síndrome de Morquio (MPS tipo IV) | Doença de Gaucher | Sialidose |
Síndrome de Maroteaux-Lamy (MPS tipo VI) | Doença de Inclusão celular | Doença de Tay Sach |
Adrenoleucodistrofia | Lipofuscinose Ceróide Neuronal infantil | Doença de Wolman |
Alfa manosidose | Doença de Krabbe | |
1. Kogler G, Sensken S, Airey JA, Trapp T, Muschen M, et al. A new human somatic stem cell from placental cord blood with intrinsic pluripotent differentiation potential. J Exp Med. 2004;200:123–135.
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4. Ning G, Tang L, Wu Q, Li Y, Zhang C, et al. Human umbilical cord blood stem cells for spinal cord injury: early transplantation results in better local angiogenesis. Regen Med. 2013;8:271–281.
5. Intravenous administration of human umbilical cord blood reduces neurological deficit in the rat after traumatic brain injury.Lu D, Sanberg PR, Mahmood A, Li Y, Wang L, Sanchez-Ramos J, Chopp M Cell Transplant. 2002; 11(3):275-81.
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12. Cotten CM1, Murtha AP2, Goldberg RN3, Grotegut CA2, Smith PB3, Goldstein RF3, Fisher KA3, Gustafson KE4, Waters-Pick B5, Swamy GK2, Rattray B3, Tan S6, Kurtzberg J7.
Feasibility of autologous cord blood cells for infants with hypoxic-ischemic encephalopathy. J Pediatr. 2014 May;164(5):973-979.
13. Haller M, Viener H, Brusko T, Wasserfall C, McGrail K, Staba S, Cogle C, Atkinson M, Schatz D. 2007 American Diabetes Association Scientific Sessions. Chicago, IL: Diabetes; 2007. Insulin Requirements, HbA1c, and Stimulated C-Peptide Following Autologous Umbilical Cord Blood Transfusion in Children with Type 1 Diabetes; p. A82.
14. Crema A, Ledda M, De Carlo F, et al. Cord CD133cells define an OV6-positivepopulation that can be differentiated in vitro into engraftable biopotent hepatic progenitors. StemCells Dev 2011 Mar 23.
15. Burt R. Efficacy and safety of umbilical cord blood injection for critical limb ischemia. Northwestern university, NCT 01019681(November 2009).
18. Min, Kyunghoon, et al. Children with Cerebral Palsy: A Double‐blind, Randomized, Placebo‐Controlled Trial. STEM CELLS, Volume 31, Number 3, 1 March 2013, pp. 581-591(11)
19. National Cord Blood Program. List of diseases treated with NCBP units(diagnosis for transplantation with NYBC CB units). New York: New York Blood Center, 2010. [Available at http://www.nationalcordbloodprogram.org/patients/utilization_outcomes.html (accessed July 17, 2011).]